28 de mar. de 2011

Otan vai assumir controle das operações na Líbia em 48 horas

Aliança militar do Ocidente substituirá posto dos EUA para conter forças de Gaddafi
Do R7, com agências internacionais
Aris Messinis/28.03.2011/AFP
Aliança militar do Ocidente substituirá posto dos EUA para conter forças de Gaddafi

Os bombardeios na Líbia permanecerão sob controle da coalizão internacional durante as próximas 48 horas e, depois, a Otan (aliança militar do Ocidente) assumirá o comando efetivo das operações, informou nesta segunda-feira (28) a porta-voz da organização, Oana Lingescu.
- A transição será progressiva e levará dois dias.
Os 28 países da Otan decidiram neste domingo (28) assumir o comando da operação militar na Líbia, que era dirigida pelos Estados Unidos desde 19 de março.
O coronel de aviação Geoffroy Booth, membro do Estado-Maior militar internacional da Otan, afirmou que o general Charles Bouchard, que assumiu o comando das operações militares na Líbia em nome da Otan, ainda não assumiu ativamente o controle de todos os aspectos da missão.
Até o momento a Otan se limita a fazer respeitar a zona de exclusão aérea sobre a Líbia, afirmou Booth.
- Os ataques em terra continuam sendo no momento operações da coalizão.
A Otan também assumiu o controle do embargo naval para evitar o tráfico de armas e o envio de mercenários à Líbia.
Aviões franceses bombardeiam "centro de comando" perto de Trípoli
O Estado-Maior do Exército em Paris anunciou hoje que aviões de combate franceses bombardearam na noite deste domingo (28) um "centro de comando" do Exército líbio situado a 10 km ao sul da capital Trípoli.
Os bombardeios foram efetuados por caças do tipo Rafale, que decolaram do porta-aviões Charles de Gaulle, que navega ao sul da Itália, precisou o coronel Thierry Burkhard, porta-voz do Estado-Maior.
- [Houve] ataques contra um centro de comando 10 km ao sul dos subúrbios de Trípoli na noite do dia 27 e no dia 28.
"A avaliação está em curso", mas será "confidencial", acrescentou Burkhard. Ele disse que não houve novos ataques franceses nesta segunda-feira.

Rebeldes se aproximam da cidade natal de Gaddafi
Nesta segunda-feira, a contra-ofensiva lançada pelas forças rebeldes, com o respaldo da coalizão internacional, avançou rumo à cidade natal do ditador Muammar Gaddafi, Sirte, segundo o jornal espanhol El País.
A cidade estratégica, cuja conquista teria como objetivo abrir o caminho para a tomada da capital Trípoli, uma das prioridades para a oposição desde que os confrontos eclodiram em meados de fevereiro.
Já na cidade de Misrata, entre Sirte e Trípoli, o Ministério das Relações Exteriores da Líbia declarou um cessar-fogo, disse uma agência de notícias local citada pela britânica Reuters.
- O Ministério das Relações Exteriores anuncia que as unidades antiterrorismo pararam de disparar contra grupos terroristas armados.
Mais cedo, rebeldes disseram que forças do governo conseguiram tomar o controle de partes da cidade.
Sarkozy e Cameron: "Gaddafi deve deixar o poder imediatamente"
Ainda hoje, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disseram que o ditador Gaddafi "deve deixar o poder imediatamente" porque "o regime atual perdeu toda a legitimidade".
Em declaração em conjunto, ambos pediram aos partidários do líder para que "o abandonem antes que seja tarde demais".
- Chamamos todos os líbios que acreditam que Gaddafi leva a Líbia à catástrofe a se mobilizarem obviamente para estabelecer um processo de transição.
Sarkozy e Cameron consideram que a transição "poderia ser organizada ao redor do Conselho Nacional de Transição líbio", entidade cujo "papel pioneiro" é reconhecido tanto pela França como pelo Reino Unido.
Ambos acrescentam que também podem participar desse processo os "representantes da sociedade civil e todos os que quiserem atuar no processo de transição rumo à democracia".
A declaração foi divulgada na véspera da reunião em Londres dos ministros de Relações Exteriores de mais de 35 países e de representantes da ONU, Liga Árabe, União Africana, União Europeia e Otan.

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