28 de mar. de 2011

Líbia diz ter liberado mulher que acusou soldados de estupro

Imane al Obeidi afirmou ter sido abusada por 15 homens leais a Gaddafi

Zohra Bensemra/26.03.2011/Reuters 
Zohra Bensemra
Imane al Obeidi afirmou ter sido abusada por 15 homens, que a acusaram por difamação; procuradoria investiga o caso


Autoridades líbias afirmaram nesta segunda-feira (28) que liberaram a mulher que acusou de estupro, neste fim de semana, os soldados leais ao ditador Muammar Gaddafi .

A informação foi passada à agência de notícias France Press pelo porta-voz do governo líbio, Musa Ibrahim.


- A jovem foi liberada, mas a Justiça a interroga sobre as circunstâncias do caso. É um caso criminal e não político.


O porta-voz disse que os soldados acusados apresentaram uma denúncia por difamação e que a procuradoria ainda investiga o caso depois que a mulher, Imane al Obeidi, se recusou a ser submetida a um exame médico.


A acusação de Imane foi divulgada neste sábado (26), quando ela invadiu um hotel de Trípoli no qual jornalistas estão hospedados e pediu ajuda, afirmando que foi torturada e violentada por homens do regime. Seus pulsos e tornozelos tinham sido amarrados e algumas queimaduras eram visíveis.


Imane, que revelou ser de Benghazi, o principal reduto rebelde, disse ter sido violentada por 15 homens em dois dias. 

Otan assume comando 

A Otan (aliança militar do ocidente) irá controlar as operações realizadas na Líbia daqui a 48 horas, prazo que ainda terá a coalizão internacional liderada por Estados Unidos, Reino Unido e França no comando. A informação foi passada pelo próprio porta-voz da organização, Oana Lingescu. 


- A transição será progressiva e levará dois dias. 


Os 28 países da Otan decidiram no domingo (28) assumir o comando da operação militar na Líbia, que era dirigida pelos Estados Unidos desde 19 de março. 


O coronel de aviação Geoffroy Booth, membro do Estado-Maior militar internacional da Otan, afirmou que o general Charles Bouchard, que assumiu o comando das operações militares na Líbia em nome da Otan, ainda não assumiu ativamente o controle de todos os aspectos da missão. 


Até o momento a Otan se limita a fazer respeitar a zona de exclusão aérea sobre a Líbia, afirmou Booth.

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