Trabalhadores de Fukushima são hospitalizados por radiação excessiva
Dois operários tentavam levar cabos elétricos ao reator 3 da usina
EFE
Dois operários da usina nuclear de Fukushima foram hospitalizados nesta quinta-feira (24) por terem sido expostos à radiação excessiva enquanto trabalhavam para levar cabos elétricos ao reator número 3, informou a emissora de televisão NHK.
Os dois funcionários, junto com um terceiro trabalhador que não precisou ser levado ao hospital, receberam radiação entre 170 e 180 milisievert, segundo a emissora, que cita fontes da Agência de Segurança Nuclear do Japão.
Os feridos eram terceirizados da Tokyo Electric Power Company (Tepco), a empresa operadora da central, e trabalhavam para estender o cabo elétrico ao edifício de turbinas que se encontra em frente ao reator 3.
Os dois foram levados ao hospital da cidade de Fukushima, e de lá devem ser transferidos para um instituto especial de radioatividade na cidade de Chiba, no leste do Japão.
Nesta quarta (23), um dos trabalhadores empenhados em evitar o desastre na usina já havia sido exposto a uma alta dose de radiação que poderia elevar o risco de câncer, segundo a AIEA (agência nuclear da ONU).
Resfriamento
O resfriamento do reator 3 foi retomado com o lançamento de água para resfriar sua piscina de combustível. Em seis horas, as equipes militares e de bombeiros injetaram entre quatro e cinco toneladas de água na piscina, segundo a Agência de Segurança Nuclear. As operações estavam paralisadas por conta de uma fumaça preta que saía do reator desde quarta-feira.
O reator 3 já tem luz na sala de controle e é o único dos seis da central que usa como combustível uma mistura de urânio e plutônio (MOX). Os operários da Tepco também lutam para controlar a situação nos reatores 1, 2 e 4. Nos reatores 5 e 6, a eletricidade e o resfriamento foram restabelecidos.
Radiação chegou à água e alimentos
A radioatividade na água de Tóquio registrou queda nesta quinta-feira, voltando a níveis seguros para consumo, inclusive por bebês. Na quarta, o Governo da capital japonesa advertiu os pais de que não dessem água da torneira para as crianças com menos de um ano devido ao alto índice de iodo radioativo.
O problema, no entanto, continua na cidade de Kawaguchi, onde os índices ainda estão altos.
O governo federal recomendou também que não sejam consumidas verduras como espinafre, brócolis e couve produzidas na Província de Fukushima, onde está localizada a usina nuclear danificada.
O governo do Japão também pediu que a população não beba leite e não coma salsinha da Província vizinha de Ibaraki devido a níveis de radiação superiores ao normal.
Segundo indicou em entrevista coletiva Yukio Edano, porta-voz do Executivo japonês, essas medidas foram adotadas "por precaução".
O governo do Japão também pediu que a população não beba leite e não coma salsinha da Província vizinha de Ibaraki devido a níveis de radiação superiores ao normal.
Segundo indicou em entrevista coletiva Yukio Edano, porta-voz do Executivo japonês, essas medidas foram adotadas "por precaução".
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