31 de mar. de 2011

Agentes da CIA estariam há semanas na Líbia e teriam ajudado a resgatar piloto dos EUA



WASHINGTON - Embora o governo dos EUA tenha descartado uma ofensiva por terra, pequenos grupos de agentes da CIA trabalham clandestinamente há semanas na Líbia com objetivo de reunir informações para a realização de ataques aéreos e manter contato com os rebeldes que lutam contra Muamar Kadafi, afirma nesta quarta-feira o "New York Times". Publicada após a agência de notícias Reuters revelar que o presidente dos EUA, Barack Obama, teria autorizado o envio de apoio secreto aos rebeldes , a reportagem diz que os espiões americanos fazem parte de uma força internacional.
Segundo o jornal, diversos agentes do serviço secreto britânico M16 também estão na Líbia, dirigindo os bombardeios realizados por aviões do Reino Unido e buscando informações sobre tanques, armamentos e instalações militares das forças do ditador líbio. Citando autoridades não identificadas, o "NYT" afirma que as fontes não indicaram quantos homens da central de inteligência americana estão em solo líbio, mas eles seriam funcionários da antiga sede da agência em Trípoli.
A Casa Branca e a CIA não comentaram as notícias, que se multiplicaram após a divulgação da suposta autorização dada por Obama. De acordo com a agência de notícias Associated Press, o papel exato da agência na Líbia não é claro, mas seus homens teriam ajudado a resgatar o piloto de um F-15 americano que esteve nas mãos das forças de Kadafi após um acidente com seu avião, no último dia 21.
Já o "Washington Post" destaca que a autorização que teria sido assinada por Obama pode ajudar a reunir informações sobre os rebeldes que se tornaram mais importantes à medida que os EUA e seus aliados se aproximam da possibilidade de enviar armas aos opositores que lutam contra Kadafi. Segundo o jornal, uma das missões da CIA na Líbia é avaliar se os líderes rebeldes podem ser parceiros confiáveis caso o governo decida enviar dinheiro e armamento.
O "Post" ressalta também que a "decisão presidencial" assinada por Obama oferece uma moldura legal para atividades secretas. O diário destaca ainda que a Divisão de Atividades Especiais da CIA inclui agentes paramilitares que, além dos ataques aliados, podem orientar as ações dos rebeldes. De acordo com uma autoridade ouvida pelo jornal, os rebeldes "não parecem estar seguindo qualquer aconselhamento militar consensual".

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