Violência pós-eleitoral na Nigéria já fez 200 mortos
Candidato derrotado vai apresentar recurso
A violência pós-eleitoral já fez mais de 200 mortos, disse hoje a organização Human Rights Congress. Os motins, concentrados no Norte, levaram também milhares de pessoas a sair de casa: segundo a Cruz Vermelha, oo número de refugiados ascende aos 48 mil.
O candidato derrotado nas presidenciais, Muhammadu Buhari, vai apresentar um recurso junto da comissão eleitoral, que acusou de ignorar as irregularidades na votação e manipulado os resultados para atribuir a vitória ao Presidente em exercício, Goodluck Jonathan, logo à primeira volta.
“Já iniciámos consultas ao mais alto nível no sentido de reconquistar o mandato que nos foi roubado. Peço a todos os meus apoiantes que tenham um pouco mais de paciência”, declarou Buhari, exhefe militar que segundo a contagem oficial recebeu 31 por cento dos votos, contra os 57 por cento de Jonathan. A divulgação dos resultados originou uma onda de motins nos estados do Norte, afectos à candidatura de Buhari.
As eleições foram certificadas como livres e justas pelos observadores internacionais, mas a candidatura de Buhari diz ter provas de irregularidades e fraudes que comprometem o resultado. “Em Katsina e Kano [duas cidades do Norte] o computador foi programado para nos roubar numa percentagem de 40 e 26 por cento, respectivamente”, denunciou.
“Noutros onze estados onde só 25 a 40 por cento dos eleitores votaram, aparecem taxas de participação de 99 por cento, com essa maioria a ser atribuída a Jonathan”, prosseguiu. A comissão eleitoral não comentou as queixas de Buhari, mas um porta-voz disse que os candidatos são livres de disputar os resultados, inclusivamente em tribunal.
[PÚBLICO]
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