27 de abr. de 2011

"Último sobrevivente gay dos campos nazistas narra seus dramas e humilhações"



Os ecos da tragédia nazista ainda abalam o mundo, pois mesmo que a catarse continue sendo feita, histórias surgem aqui e ali e nos remontam novamente àqueles desgraçados dias.
E uma voz, a do alemão Rudolf Brazda, preso no campo de Buchernwald com o número de registro 7952, é a única sobrevivente do massacre, e ela conta sua história no livro "Triângulo Rosa".
"Triângulo Rosa" foi como nomearam os milhares de homossexuais encaminhados para os campos de concentração de Hitler.
Na obra, o sobrevivente reconta a Jean-Luc Schwab o dia-a-dia da concentração onde ficou preso por 32 meses e todo o cenário que se desenhava antes até, enfim, resultar no ocorrido.
Nos primeiros anos de força nazista, Brazda conseguiu levar uma vida relativamente normal. Mas quando o regime começou a apertar o cerco cadastrou o nome de centenas de homossexuais, a fim de combater aquele crime, chamado de "luxúria antinatural".

Presos no campo de concentração de Buchenwald, em Weimar (Alemanha)
Presos no campo de concentração de Buchenwald, em Weimar (Alemanha)
Entre tentativas de se esconder e escapar, foi capturado e enviado para o campo de concentração, onde a cada dia começava a se acostumar mais e mais com a ideia de morte, que poderia chegar a qualquer instante.
"Hoje, Rudolf é um nonagenário alerta, cuja vitalidade e alegria de viver nunca deixam de surpreender. Mas foi somente em 2008 que ele se manifestou e testemunhou publicamente a respeito de sua deportação por ser homossexual, e ele talvez seja o último sobrevivente desse processo", escreve Schawab.

"Triângulo Rosa"
Autor:
Rudolf Brazda, Jean-Luc Schwab
Editora:
Mescla Editorial

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