"Último sobrevivente gay dos campos nazistas narra seus dramas e humilhações"
Os ecos da tragédia nazista ainda abalam o mundo, pois mesmo que a catarse continue sendo feita, histórias surgem aqui e ali e nos remontam novamente àqueles desgraçados dias.
E uma voz, a do alemão Rudolf Brazda, preso no campo de Buchernwald com o número de registro 7952, é a única sobrevivente do massacre, e ela conta sua história no livro "Triângulo Rosa".
"Triângulo Rosa" foi como nomearam os milhares de homossexuais encaminhados para os campos de concentração de Hitler.
Na obra, o sobrevivente reconta a Jean-Luc Schwab o dia-a-dia da concentração onde ficou preso por 32 meses e todo o cenário que se desenhava antes até, enfim, resultar no ocorrido.
Nos primeiros anos de força nazista, Brazda conseguiu levar uma vida relativamente normal. Mas quando o regime começou a apertar o cerco cadastrou o nome de centenas de homossexuais, a fim de combater aquele crime, chamado de "luxúria antinatural".
Presos no campo de concentração de Buchenwald, em Weimar (Alemanha) |
Entre tentativas de se esconder e escapar, foi capturado e enviado para o campo de concentração, onde a cada dia começava a se acostumar mais e mais com a ideia de morte, que poderia chegar a qualquer instante.
"Hoje, Rudolf é um nonagenário alerta, cuja vitalidade e alegria de viver nunca deixam de surpreender. Mas foi somente em 2008 que ele se manifestou e testemunhou publicamente a respeito de sua deportação por ser homossexual, e ele talvez seja o último sobrevivente desse processo", escreve Schawab.
"Triângulo Rosa"
Autor: Rudolf Brazda, Jean-Luc Schwab
Editora: Mescla Editorial
Autor: Rudolf Brazda, Jean-Luc Schwab
Editora: Mescla Editorial
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