19 de abr. de 2011

ONU abre corredor humanitário na Líbia pela primeira vez

Número de mortos durante o confronto chega a 10 mil, diz ministro italiano
Do R7, com EFE
Odd Andersen/18.04.2011/AFP 
Odd Andersen/18.04.2011/AFP
Crianças líbias olham pela janela do carro em Misrata, uma das cidades 
mais atingidas pelo confronto


A ONU confirmou nesta terça-feira (19) que abriu na Líbia um corredor humanitário pelo qual está levando assistência alimentícia ao oeste do país para os civis afetados pelo conflito armado.

O controle da zona, em mãos das forças leais ao ditador Muammar Gaddafi, é disputado pelos rebeldes que reivindicam a mudança de regime.


Um comboio composto por oito caminhões atravessou ontem a fronteira entre Líbia e Tunísia, com alimentos suficientes para 50 mil pessoas durante um mês, e se dirige agora ao noroeste da Líbia, precisou o Programa Mundial de Alimentos (PMA), responsável pela operação.


Os alimentos serão entregues à organização de socorro Crescente Vermelho e serão destinados às pessoas mais vulneráveis em Trípoli, Zintan, Yefrin, Nalut, Mezda, Al Reiba e Al Zawai.


A ONU já vinha distribuindo apoio no leste do país, em áreas controladas pelos rebeldes, que têm a cidade de Benghazi como sua capital. Os habitantes de Misrata, a terceira maior cidade do país, receberam autorização para deixar o local e houve transferência de feridos para Benghazi.


Em relação ao número de mortes, o ministro de Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, afirmou que cerca de 10 mil pessoas morreram e entre 50 mil e 55 mil ficaram feridas no conflito líbio.

Frattini disse que os dados foram facilitados pelo presidente do Conselho Nacional de Transição líbio (CNT), Mustafa Abdel Jalil, com quem se reuniu em Roma nesta terça-feira (19).


Em um comparecimento à imprensa após o encontro, Frattini disse ainda que, no caso de suas vidas correrem perigo, também ajudariam os seguidores de Gaddafi, assim como estão fazendo com os rebeldes.
 

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