AEROPORTOS, MENTIRAS E A VERDADE GOELA A BAIXO.
Dizem que a mentira tem pernas curtas. Por melhor que seja a nossa atuação; sempre haverá um momento em que a verdade saltará sobre nós e nos enfiará a verdade goela abaixo ou nos dará um soco na cara com a realidade.
É claro que isso sempre envolve um certo grau de humilhação. Afinal de contas, ninguém gosta de passar pela situação ridícula de ser apanhado numa mentira ou de ser desmascarado na “careta”.
E foi exatamente o que aconteceu com o governo agora.
Ao ter que capitular da mentalidade atrasada e imbecil, idolatrada pelos “Românticos de Cuba”, do Estado onipresente e todo poderoso, o governo Dilma (e em especial a ala mais atrasada do PT); o discurso ideológico recalcado e errôneo contra as privatizações deu lugar ao bom senso e a uma bela “pedida de penico” à iniciativa privada para que ela cumpra o seu papel de fomentadora da eficiência e de parceira (como, aliás, deve ser sempre) na questão dos aeroportos.
Dilma e o PT bateram, durante toda a campanha e até antes, na tecla suja e carcomida da estatização e demonizaram as privatizações realizadas no governo FHC. Agora, diante da realidade de uma economia em apuros e de um caixa falido, deixado pela administração Lula, não houve alternativa que não fosse capitular diante da esmagadora realidade e da verdade que saltava aos olhos de qualquer um que não fosse doutrinado pelas falácias partidárias: Não há como abraçar o mundo com as pernas.
O vexame de chegar ao limiar dos grandes eventos e nada ter para mostrar em matéria de aeroportos a não ser confusão, ineficiência e um enorme cabide de empregos paralítico que é a Infraero; deitou por terra a resistência dos mais vermelhos petistas.
A inflação descontrolada, a perda o poder aquisitivo galopante que o real vem sofrendo no mercado interno e a perda de competitividade dos produtos brasileiros no exterior provocarão turbulências pesadas no outrora céu de brigadeiro fajuto que foi vendido por Lula para milhões de brasileiros “inocentes”.
Uma economia apoiada unicamente na sanha consumista do mercado interno regado a crédito não tem como ir muito longe e nem se manter “na crista da onda” durante muito tempo. Afinal, por mais otimistas e consumistas que sejamos, haverá sempre um limite para o endividamento.
Sem investimentos reais em infraestrutura que facilitem a vida das empresas, favoreçam a produção e o escoamento de produtos e – principalmente – eliminem os desperdícios; nenhuma economia pode se manter grande. E foi exatamente isso que o governo Lula fez ao vender a ideia do “Eldorado Tupiniquim” para milhões de brasileiros que agora a pagarão em nem tão suaves prestações.
A opção em não investir nas obras necessárias, mas que não possuíam o impacto eleitoral amplo e verdadeiramente poderoso da distribuição farta de dinheiro e benesses do Tesouro; cobra agora seu preço ao próprio PT. A privatização dos aeroportos é apenas uma das muitas verdades que o partido acabará tendo que engolir de uma forma ou de outra.
Pois mesmo com os superávits fictícios apresentados com pompa e circunstância para a platéia alienada e para a claque sempre pronta a aplaudir até um desastre de trem (desde que tenha sido criado por um membro do partido); a verdade de um caixa falido, da inflação galopante, da incompetência gritante e da fama fajuta de grande gerente atribuída a Dilma sempre estarão lá esperando para fazer o governo engasgar e ser obrigado a mostrar ao mundo a farsa que se esconde por trás dos rostos sorridentes e dos discursos repletos de mentiras.
Triste mesmo é que só nós perderemos com isso. Não pela Copa ou pelas Olimpíadas; mas pela falta da infraestrutura básica que nos permitiria sair do atoleiro em que eles nos meteram.
Pense nisso.
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