Estrutura ruim e cortes dificultam o trabalho da Polícia Federal
A Polícia Federal tem dificuldades para combater a criminalidade na tríplice fronteira, e a situação tende a piorar diante do corte no Orçamento-Geral da União. O Ministério da Justiça perdeu R$ 1,5 bilhão de R$ 4,7 bilhões previsto para este ano. Os reflexos já são sentidos, segundo a Federação Nacional dos Policiais Federais. Um exemplo é o pagamento de diárias, que agora depende de autorização da superintendência da PF ou do próprio Ministério da Justiça. "Você envia o pedido, mas até chegar a resposta, a droga já passou", critica o diretor da Fenapef, Naziazeno Júnior. O apoio das Forças Armadas também auxiliaria o trabalho na fronteira, conforme os agentes, mas a alternativa esbarra em problemas estruturais das três corporações, principalmente a Marinha, que não tem efetivo e equipamento para o trabalho. Para a Fenapef, o ideal seria equipar a própria PF e aumentar o efetivo. Outra medida que deve comprometer a eficiência da PF na fronteira é a mudança de foco da Força Alfa, da Polícia Militar do Paraná. A corporação, que entrou em atividade em junho de 2009, sofreu uma espécie de "desvio" da função original, que era combater o tráfico de entorpecentes
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