12 de abr. de 2011

Denúncia

As causas da pobreza

Há duas ou três gerações, ninguém imaginava que esses problemas existiriam hoje. Apesar de incontáveis tentativas políticas e sociais, e espantosos avanços científicos e tecnológicos, a estrutura básica da sociedade parece ter-se desmoronado. No entanto, esforços de fazer do mundo um lugar melhor, pensadores – desde o filósofo grego Platão até o filosofo político e socialista alemão Karl Marx – propuseram varias ideologias. Quais foram os resultados? Parece que conseguimos exactamente o contrário. Não é que não tenhamos tentado. Já tentamos de tudo, do comunismo pan-africanismo ao capitalismo.

Não importa se o problema envolve pobreza, cuidados médicos, meio ambiente, habitação, abastecimento de água/energia, educação ou justiça social, o povo em especial está “cada vez mais impaciente” com a incompetência dos esforços de certos ministérios em resolver ou amenizar esses problemas. Mas esse não é o caso. Porquê? Factores como burocracia dispendiosa, corrupção, tráfico de influências, falta de esforços coordenados e a tendência de os doadores escolherem para qual problema vai contribuir. De certa maneira contribuem para que tais problemas perdurem.
O êxito da “boa governação”, não importa qual seja o seu objectivo, sempre será limitado. Porquê? Em parte porque nem o dinheiro nem uma boa educação político partidária podem eliminar problemas como ganância, ódio, preconceito, nacionalismo, tribalismo e outros tipos de tendências. Embora agrave o problema da pobreza, estas coisas não são as causas básicas dele. Factores muito mais importantes estão envolvidos. Um deles é o atrofiamento cultural que nos leva a pensar e fazer coisas erradas.
Uma segunda causa básica da pobreza é a nossa (in) capacidade de governar a nós mesmos de modo eficaz, muito por culpa dos “executores” tal como aconteceu a duas ou três gerações atrás. nada disso é novidade.
Legisladores e o sistema judiciário reconhecem essas fraquezas, e tentam neutraliza-las com uma infinidade de leis. Mas fazem isso sabendo muito bem que não podem elaborar leis obrigando as pessoas a produzirem. Alguns dizem – fomos nós que criamos estes problemas e somos nós que devemos resolver. Outros acham que simplesmente está além da capacidade dos “outros” achar a saída.
O futuro parece muito, muito assustador. Acrescente a tudo isso a ameaça perturbadora do aquecimento global, que pode causar o aumento da desertificação e da ocorrência de condições climáticas extremas e não é de surpreender que muitas pessoas informadas estejam preocupadas com o futuro.
Com o aumento dos preços e os recursos naturais sendo cada vez mais usados, será que as futuras gerações terão condições de pagar por assistência médica de qualidade, boa alimentação, transporte e combustível suficiente? 
  • Teófilo Mungano

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