Peru
Integrantes do coletivo "Mulheres Dignidade: Não a Keiko” realizaram, ontem (27), a primeira "Caminhada pela Dignidade e Memória: Nunca mais Fujimori”. A ação inaugura uma série de atividades pacíficas para relembrar à população os crimes ocorridos durante o mandato de Alberto Fujimori, pai da candidata à presidência do Peru, Keiko Fujimori. No próximo dia 5 de junho, Keiko (Fuerza 2011) disputará o segundo turno das eleições peruanas com Ollanta Humala (Gana Peru).
As mulheres partiram às 18h do Centro Comercial Risso, em Lince, rumo ao Memorial "El Ojo que Llora”, em Jesús María. O objetivo é chamar atenção da sociedade peruana para os casos de corrupção e de violação aos direitos humanos realizados no governo de Fujimori (1990-2000) para, assim, evitar que a família retorne ao poder.
"Consideramos que a dignidade de peruanas e peruanos é incompatível com o retorno de um regime autoritário, corrupto e de capitalismo selvagem como o que propõe Força 2011, representado por sua candidata Keiko Fujimori. Sua candidatura reivindica o atropelo ao Estado de Direito e à ordem democrática, a corrupção sistemática e generalizada, e as violações aos direitos humanos, econômicos e sociais de todos os peruanos e peruanas”, destaca o documento.
O grupo de mulheres acusa Keiko Fujimori de ter sido cúmplice dos crimes cometidos durante o governo do pai dela, como sequestros, desaparecimentos forçados e execuções extrajudiciais. "Por sua parte, a candidata fujimorista tem se negado persistentemente a esclarecer ante a Justiça a origem dos mais de 800 mil dólares com os quais ela e seus irmãos financiaram seus custosos estudos no estrangeiro”, observa.
Alberto Fujimori foi presidente do Peru entre os anos de 1990 e 2000. Em 2009, foi condenado pela Suprema Corte de Justiça a 25 anos de prisão por homicídios qualificados, lesões graves e sequestros nos episódios de Barrios Altos e La Cantuta, praticados nos anos de 1991 e 1992. Juntos, os dois casos resultaram na morte de 25 pessoas.
O governo de Fujimori também ficou conhecido pelas esterilizações forçadas. Notícias dão conta de que cerca de 200 mil mulheres foram obrigadas a passar por cirurgias de ligação de trompas no marco do Programa de Anticoncepção Cirúrgico Voluntário (ACV), em vigor entre os anos de 1996 e 2000.
As cirurgias eram feitas com o objetivo de controlar a natalidade de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Entre as principais vítimas estavam: mulheres pobres, camponesas e indígenas, as quais, muitas vezes, eram submetidas à intervenção cirúrgica sem o devido esclarecimento e permissão.
Eleições
Ollanta Humala e Keiko Fujimori disputarão o segundo turno das eleições presidenciais peruanas no próximo dia 5 de junho. No primeiro turno, realizado no dia 10 deste mês, Humala saiu na frente com 31,69% dos votos. Keiko Fujimori ficou em segundo lugar com 23,55%.
Com informações de agências.
Coletivo de mulheres realiza manifestações contra família Fujimori
Integrantes do coletivo "Mulheres Dignidade: Não a Keiko” realizaram, ontem (27), a primeira "Caminhada pela Dignidade e Memória: Nunca mais Fujimori”. A ação inaugura uma série de atividades pacíficas para relembrar à população os crimes ocorridos durante o mandato de Alberto Fujimori, pai da candidata à presidência do Peru, Keiko Fujimori. No próximo dia 5 de junho, Keiko (Fuerza 2011) disputará o segundo turno das eleições peruanas com Ollanta Humala (Gana Peru).
As mulheres partiram às 18h do Centro Comercial Risso, em Lince, rumo ao Memorial "El Ojo que Llora”, em Jesús María. O objetivo é chamar atenção da sociedade peruana para os casos de corrupção e de violação aos direitos humanos realizados no governo de Fujimori (1990-2000) para, assim, evitar que a família retorne ao poder.
"Consideramos que a dignidade de peruanas e peruanos é incompatível com o retorno de um regime autoritário, corrupto e de capitalismo selvagem como o que propõe Força 2011, representado por sua candidata Keiko Fujimori. Sua candidatura reivindica o atropelo ao Estado de Direito e à ordem democrática, a corrupção sistemática e generalizada, e as violações aos direitos humanos, econômicos e sociais de todos os peruanos e peruanas”, destaca o documento.
O grupo de mulheres acusa Keiko Fujimori de ter sido cúmplice dos crimes cometidos durante o governo do pai dela, como sequestros, desaparecimentos forçados e execuções extrajudiciais. "Por sua parte, a candidata fujimorista tem se negado persistentemente a esclarecer ante a Justiça a origem dos mais de 800 mil dólares com os quais ela e seus irmãos financiaram seus custosos estudos no estrangeiro”, observa.
Alberto Fujimori foi presidente do Peru entre os anos de 1990 e 2000. Em 2009, foi condenado pela Suprema Corte de Justiça a 25 anos de prisão por homicídios qualificados, lesões graves e sequestros nos episódios de Barrios Altos e La Cantuta, praticados nos anos de 1991 e 1992. Juntos, os dois casos resultaram na morte de 25 pessoas.
O governo de Fujimori também ficou conhecido pelas esterilizações forçadas. Notícias dão conta de que cerca de 200 mil mulheres foram obrigadas a passar por cirurgias de ligação de trompas no marco do Programa de Anticoncepção Cirúrgico Voluntário (ACV), em vigor entre os anos de 1996 e 2000.
As cirurgias eram feitas com o objetivo de controlar a natalidade de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Entre as principais vítimas estavam: mulheres pobres, camponesas e indígenas, as quais, muitas vezes, eram submetidas à intervenção cirúrgica sem o devido esclarecimento e permissão.
Eleições
Ollanta Humala e Keiko Fujimori disputarão o segundo turno das eleições presidenciais peruanas no próximo dia 5 de junho. No primeiro turno, realizado no dia 10 deste mês, Humala saiu na frente com 31,69% dos votos. Keiko Fujimori ficou em segundo lugar com 23,55%.
Com informações de agências.
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