Oposição ironiza Dilma sobre erradicação da pobreza
Para as lideranças partidárias, Dilma está sentindo as dificuldades de governar o País e, agora, tem consciência de que exagerou na campanha eleitoral
Roberto Stuckert Filho/AFP
Dilma admitiu que cumprir a promessa de erradicar a miséria não é uma tarefa fácil
Líderes de partidos de oposição ironizaram a postura da presidente Dilma Rousseff de reconhecer que os quatro anos de seu mandato podem não ser suficientes para a erradicação da miséria no Brasil. Para as lideranças partidárias, Dilma está sentindo as dificuldades de governar o País e, agora, tem consciência de que exagerou na campanha eleitoral quando prometeu erradicar totalmente a pobreza.
"Essas declarações dela mostram que ela exagerou na dose para se eleger e que agora ela vê que governar o Brasil é mais difícil", afirmou o líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA). "Parece-me que a presidente Dilma está mais antenada com a realidade do País do que a Dilma candidata. A Dilma candidata tinha a falsa ilusão de que iria erradicar a pobreza e a miséria apenas por vontade política", completou o democrata.
Para o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), Dilma admitiu que cumprir a promessa de erradicar totalmente a miséria no País não é uma tarefa fácil. "Ela reconheceu que o cumprimento da total erradicação da pobreza é um tanto utópico. Se ela insistisse nisso, ela estaria incorrendo nos mesmos exageros que o Lula", afirmou o tucano.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), garantiu que a prioridade do Palácio do Planalto continua sendo a erradicação da pobreza. Ele argumentou que as declarações de Dilma são "lógicas". "Talvez ela não consiga realmente erradicar a pobreza em quatro anos. Não tem nada mais lógico do que isso", afirmou Vaccarezza. Ele lembrou que o governo atende 12 milhões de famílias com o Bolsa Família, mas mesmo assim ainda "temos 40 milhões de pessoas na pobreza".
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