2 de mai. de 2011

Opinião

OSAMA BIN LADEN, A MORTE E A VITÓRIA TARDIA.

O mundo foi dormir neste último domingo, primeiro de maio de 2011, com um suspiro de alívio e, ao mesmo tempo com o coração acelerado diante de uma incerteza perversa: Alívio, obviamente, pela morte do terrorista mais odiado do planeta e um dos piores assassinos de inocentes que o mundo já viu. Incerteza, porque não se sabe o que representará sua morte para a organização terrorista e para o mundo.
A vitória militar americana serve muito mais como um bálsamo para as famílias das milhares de vítimas  do terrorista do que, propriamente, como algum tipo de limitação ou coerção nas ações da Al Qaeda.
Isso porque Osama, inteligentemente, nos quase trinta anos de atividade terrorista; dotou sua organização de independência operacional, recursos financeiros de fontes variadas e de um amplo espectro de apoiadores fanáticos, prontos a se sacrificarem pelos ideais retorcidos que ele criou para enganar as mentes menos preparadas do Islã.
É certo que o próprio Osama esperava ser apanhado a qualquer momento; afinal de contas, a pressão imposta pelos americanos o fez retornar a Idade da Pedra e, posteriormente, o obrigou a perder grande parte de sua mobilidade e poder de penetração em seu próprio meio. Por isso mesmo, sua morte o eleva a condição de mártir. E, tenho plena convicção, era exatamente o que ele desejava e esperava.
Agora, sua força será ainda maior e muito mais temível do que quando era apenas um velho barbudo se esquivando pelo deserto. Osama agora é um ideal, uma força mística ou um “profeta da loucura humana”. E isso, caro leitor, é muito difícil de combater.
A morte de Osama Bin Laden veio tarde demais para evitar a continuidade de sua organização e a proliferação dos ideais fanáticos e distorcidos que ela prega. A diversificação de fontes de financiamento, a pulverização de células terroristas que operam de forma independente e sem coordenação aparente e a extrema facilidade de arregimentar seguidores nos bolsões de miséria do Oriente, da África e até aqui do Brasil – conforme provado pela Polícia Federal e sob a negligência criminosa das autoridades petistas que preferiram ignorar as operações da Al Qaeda em nosso território.
De qualquer forma; resta ao mundo respirar aliviado enquanto pode e torcer por uma miraculosa desintegração da Al Qaeda. Na verdade mesmo; sabemos que isso só será possível se os EUA e outros países que a combatam consigam fazer secar as suas fontes de custeio e a verdadeira avalanche de recursos arrecadados no mundo inteiro por simpatizantes “da causa”.
Por enquanto, só há uma verdade suprema nisso tudo:
Há esta hora, Osama Bin Laden está ardendo no mármore do Inferno.
Ou será que não?

Arthurius Maximus

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