"Xiii… Obama pede sacrifício aos americanos"
Um dia depois de os EUA terem sido ameaçados de perder sua credibilidade no mercado, o presidente Barack Obama afirmou estar confiante e esperançoso que governo e oposição conseguirão fechar acordo para reduzir a dívida. “Existe uma maneira de resolver esse problema do deficit de um modo inteligente e que seja justo e divida os sacrifícios para que possamos dividir as oportunidades por todo o país”, disse em Annandale (no Estado da Virgínia). “Se continuarmos a gastar mais do que arrecadamos, isso vai causar sérios prejuízos para a nossa economia”, acrescentou. Segundo Obama, tanto republicanos como democratas concordam que é preciso cortar os gastos em US$ 4 trilhões no médio prazo. “O debate é sobre como devemos reduzir o nosso deficit.”
O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, também disse estar otimista de que os dois lados possam chegar a um acordo. Enquanto a oposição prevê corte nos gastos de cerca de US$ 4 trilhões em dez anos, mexendo profundamente no sistema de saúde do país, a proposta do governo Obama é de 12 anos e de corte de US$ 2 trilhões, com aumento de US$ 1 trilhão de novas receitas e mais economia de US$ 1 trilhão com pagamento de juros. A divergência entre os dois partidos levou a agência de avaliação de risco Standard & Poor’s a colocar a nota da dívida americana em “perspectiva negativa”. Para a S&P, crescem as chances de o impasse persistir até as eleições de 2012. A dívida americana já beira os US$ 14,3 trilhões.
A agência diz que é de 33% a chance de os EUA terem rebaixada nos próximos dois anos a sua nota AAA, a máxima concedida e interpretada como risco zero de calote. Um rebaixamento da nota de risco, algo impensável até pouco tempo (os títulos dos EUA são considerados os mais seguros do mundo), significa que o país teria que pagar mais juros para vender os papéis da dívida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário