"Mundo teme represália após morte de Bin Laden"
Líderes cumprimentam EUA, mas aumentam alertas contra ataques terroristas
Rahimullah Yousafzai/24.12.1998/AP
O mundo parou na madrugada desta segunda-feira (2), quando ainda era noite nos Estados Unidos, para escutar Barack Obama anunciar a morte de Bin Laden
Diversos líderes cumprimentaram o governo norte-americano pela morte de Osama bin Laden. O líder do grupo terrorista Al Qaeda foi capturado no Paquistão neste domingo (1º) por forças americanas. No entanto, países ao redor do mundo temem represálias promovidas por grupos terroristas que dão apoio à Al Qaeda.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse que a notícia vai trazer “grande alívio” às pessoas ao redor do mundo e lembrou que os ataques liderados por ele “custaram milhares de vidas, muitas delas britânicas”.
O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, disse que a notícia representa um “triunfo retumbante”. Ele publicou um anúncio oficial parabenizando os soldados e agentes de Inteligência dos Estados Unidos que participaram da operação no Paquistão.
- Este é um triunfo retumbante para a Justiça, a liberdade e os valores compartilhados por todas as nações democráticas que lutam ombro a ombro com determinação contra o terrorismo.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse nesta segunda-feira que a luta internacional contra o terrorismo não terminou após a morte do líder da Al Qaeda e que vai aumentar o nível de alarme nas bases militares japonesas. Kan também assinalou que o Japão deve desempenhar um papel importante nessa luta internacional contra o terrorismo.
O governo sul-coreano avalia a situação perante possíveis represálias contra aliados dos Estados Unidos. Uma fonte oficial confirmou à Agência Efe que as agências e os ministérios do país estão em alerta. A Coreia do Sul mantém cerca de 340 soldados desdobrados no Afeganistão para ajudar na reconstrução do país sob a liderança dos EUA.
Todas as guarnições militares americanas na Coreia do Sul receberam a ordem de permanecer em alerta. Fontes das Forças dos EUA no país, que contam com cerca de 28 mil soldados, disseram à Efe que receberam ordens de elevar o nível de preparação para "bravo", o segundo mais alto.
A Casa Branca ordenou que todos os prédios e instalações oficiais dos EUA, tanto em seu território como no exterior, se ponham em estado de alerta máximo perante possíveis represálias. O Departamento de Estado pediu aos americanos em países em que podem acontecer represálias que evitem sair de suas casas e hotéis, assim como promover reuniões públicas e manifestações.
Bin Laden ocupava o primeiro lugar na lista de criminosos mais procurados pelos Estados Unidos, e as forças americanas tentavam capturá-lo desde antes de 2001.
Antes mesmo da confirmação de Obama, centenas de pessoas portando bandeiras americanas já se reuniam em frente à Casa Branca para comemorar a notícia.
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