Levantamento constata desaceleração do PAC
Parte da lentidão se deve ao volume de contas deixadas pelo governo Lula
Nos  80 primeiros dias de governo Dilma Rousseff, o PAC (Programa de  Aceleração do Crescimento) só se comprometeu a gastar 2,1% das despesas  autorizadas por lei para 2011. Dono do maior orçamento do PAC, o  Ministério das Cidades foi um dos que menos avançaram: 0,9% dos gastos  autorizados foram objeto dos chamados empenhos, que correspondem ao  primeiro passo no processo de gastos.
Parte da lentidão no ritmo dos investimentos se explica pelo volume  de contas pendentes deixadas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva,  quando Dilma Rousseff coordenava o PAC. Até segunda-feira (21), 99,8%  dos pagamentos feitos do PAC eram contas deixadas por Lula.
E ainda há por pagar uma conta quase seis vezes maior: R$ 28,2  bilhões, só do Programa de Aceleração do Crescimento. Os dados foram  consultados no Siafi, sistema que registra os gastos da União, pela ONG  Contas Abertas.
Até o dia 21, o governo havia se comprometido a gastar R$ 863 milhões  dos R$ 40,1 bilhões de gastos autorizados no PAC em 2011. Os  investimentos em geral foram o principal alvo do aperto nas contas  públicas deste início de governo. Os gastos de custeio e com juros  tiveram um ritmo mais acelerado do que no mesmo período do último ano de  mandato de Lula.
Do volume total de investimentos autorizados no Orçamento - R$ 63,7  bilhões -, o governo se comprometeu a gastar R$ 1,3 bilhão. Até 21 de  março, o Tesouro Nacional havia desembolsado R$ 6,6 bilhões para pagar  investimentos feitos por Lula, e ainda restava uma conta de R$ 49,6  bilhões por pagar.
Parte das contas pendentes deixadas por Lula deverão ser canceladas.  Cerca de R$ 34 bilhões de gastos já contratados e ainda não pagos  deverão ser alvo do ajuste fiscal de Dilma. Mas os ministérios insistem  em que não haverá cortes no PAC, apesar do ritmo lento dos gastos e do  grande volume dos chamados "restos a pagar" ainda não quitados. 
Defesa
O Ministério dos Transportes, dono do segundo maior orçamento do PAC,  comprometeu 2,1% dos R$ 15,3 bilhões autorizados para 2011. Já pagou R$  2,5 bilhões de contas de Lula e ainda tem R$ 7,2 bilhões por pagar.
Por meio da assessoria, o ministro Alfredo Nascimento insiste em que  não haverá bloqueio de gastos do PAC. Sobre o cancelamento de despesas  do governo Lula, o ministério informou que ficarão limitados a casos de  problemas "técnicos" nos projetos.
Os Ministérios das Cidades e da Integração Nacional, respectivamente  primeiro e terceiro lugares do ranking de gastos do PAC, não responderam  até a publicação da reportagem.


Nós pagamos pelas esbórnias de Dilma e Lula.
ResponderExcluirRosa Carlota Domingues-RJ