1 de abr. de 2011

Presidente de Portugal convoca eleições para 5 de junho


 . Foto: AFP
Cavaco Silva anunciou a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições legislativas antecipadas
Foto: AFP

O presidente português, Aníbal Cavaco Silva, anunciou nesta quinta-feira a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições legislativas antecipadas no dia 5 de junho, numa decisão esperada após a renúncia do primeiro-ministro José Sócrates na semana passada.
"Decidi hoje (quinta-feira) aceitar a demissão apresentada pelo primeiro-ministro, dissolver a Assembleia da República e convocar eleições legislativas para o dia 5 de junho", anunciou o chefe de Estado em declarações à imprensa. "Esta eleição será realizada em um momento crítico para a vida do país", ressaltou Cavaco Silva.
Sua decisão ocorre oito dias depois da renúncia do primeiro-ministro socialista José Sócrates, após a rejeição por parte do Parlamento de um novo programa de austeridade de seu governo minoritário. Em conformidade com a Constituição portuguesa, o chefe de Estado já havia consultado todos os partidos representados na Assembleia, que se disseram favoráveis à convocação de eleições legislativas antecipadas.
Desde o início da crise política, Portugal está submetido a uma pressão crescente dos mercados financeiros e das agências de risco, preocupados com a capacidade de pagamento do país. Apesar do aumento das taxas de juros em Portugal, Sócrates continuou a descartar um recurso a uma ajuda financeira externa, da mesma forma que Grécia e Irlanda fizeram no ano passado.
Nesta quinta-feira, o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, considerou que o governo Sócrates não tinha a "legitimidade" para negociar as condições de um plano de resgate com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional. Reeleito no final de semana passado para a liderança do Partido Socialista com 93,3% dos votos dos militantes, Sócrates já tinha anunciado de antemão que se candidataria em eleições antecipadas.
Segundo uma pesquisa divulgada na semana passada, a oposição de centro-direita poderá obter a maioria absoluta na próxima votação, com o Partido Social Democrata (PSD) recebendo 46,7% das intenções de voto contra 24,5% para o Partido Socialista.
AFP

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