1 de abr. de 2011

Plantão

 Maiores bombas de concreto do mundo serão enviadas ao Japão


Ministério da Defesa japonês divulgou, nesta sexta-feira, imagens mais recentes da Usina de Fukushima. Foto: Reuters
Ministério da Defesa japonês divulgou, nesta sexta-feira, imagens mais recentes da Usina de Fukushima
Foto: Reuters


Duas das três maiores bombas para concreto existentes no mundo, fabricadas por uma empresa alemã, que já interveio no sítio de Chernobyl, chegam na próxima semana ao Japão, para serem usadas na central nuclear acidentada de Fukushima.
A informação foi dada nesta sexta-feira à AFP por Kelly Blickle, porta-voz da filial americana da empresa alemã Putzmeister. As máquinas, armadas com um braço flexível, capaz de se elevar a 70 m para derramar água ou cimento nos reatores, serão enviadas num avião cargueiro Antonov.
"Nossas máquinas foram concebidas para bombear concreto, mas podem, também, derramar água - uma das vantagens de nossos equipamentos", explicou a sra. Blickle.
Na usina de Fukushima, uma bomba deste tipo já está em ação e o governo japonês espera outras a serem enviadas pela empresa alemã com sede em Aichtal, perto de Stuttgart. Com isto, serão sete as máquinas em operação.
Estes braços gigantescos equipados de bombas, montados em caminhões, pesam 80 toneladas e são telecomandados a partir de uma distância de 2 km.
"Os equipamentos da Putzmeister já foram usados em situações precedentes de crises", lembrou a empresa em comunicado. "Em 1986, durante o trágico acidente de Chernobyl, ajudamos a restabelecer a segurança em torno do reator 4 da central". Na época foram usadas "onze bombas de concreto", precisou o grupo.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11 de março de 2011, o Japão foi devastado por um terremoto9 graus, o maior da história do país. O tremor gerou um tsunami, arrasando inúmeras cidades e províncias da costa nordeste nipônica. Além dos danos imediatos, o país e o mundo convivem com o temor de um desastre nuclear nos reatores de Fukushima. Embora a situação vá se estabilizando, o desfechoconsequências permanecem incertas.
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Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 11 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Os prejuízos materiais devem passar dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto e cortes de energia, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes, evacuar áreas de risco e, aos poucos, iniciar a reconstrução do país.

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