25 de mar. de 2011

.Artigo Mestre

Os Presidentes Lula e Dilma, entrarão para história como COVEIROS DOS POVOS INDÍGENAS. 

 

Eu  chorei quando  vi  foto  do  Cacique  Raoni  chorando após  as  obras  de Belo Monte  terem sido  iniciadas. O apelo dos  indígenas na carta  dirigida " A nova  "mãe" , a  PresidentA Dilma, para  que  parasse Belo Monte, foi  em  vão. A  foto  ilustra muito  bem o  descaso  e total falta  de  respeito  aos  Direitos indígenas. A  lista  com  mais  de  600 mil  assinaturas  de  brasileiros contra  as  obras  de Belo Monte,  foi  também totalmente  ignorada.  A sucessora  segue cegamente  a  cartilha do  seu  antecessor LULA PT, de um  governo servil  aos dos  interesses financeiros  das  grandes  corporações de  investidores,  que,  é  claro,   financiaram  sua  campanha.


O  Artigo abaixo,  de  2010,  merece uma  profunda reflexão  sobre a responsabilidade de  cada  cidadão  que  reelegeu COM  O  SEU  VOTO este  modelo de  governo,  e  da incoerência  dos  intelectuais  que  deveriam  estar  ao lado  dos  oprimidos.  O  mesmo Leonardo Boff que  escreveu "Lula entrará na história como o grande depredador da Amazônia e o coveiro dos povos indígenas e ribeirinhos do Xingu" 25/fev/2010 ,  foi  o  mesmo  que  se  armou  em  cartas  e argumentos   em  defesa da  candidarura  de  Dilma,  retirando  o  seu  poético apoio  à candidatura de   Marina  Silva, as vésperas  da  eleição  presidencial  em setembro  de  2010

Se  não  houver  mudança no  comportamento da atual presidente do  Brasil, "PresidentA  Dilma",  a sucessora  do  governo  Lula,  herdará  também o  título  de  COVEIRA DOS  POVOS INDÍGENAS.

BASTA,  VAMOS  EXIGIR  MUDANÇAS!!!
 XINGU VIVO PARA  SEMPRE!!!!!!!!!!
BELO MONTE, NÃO!!!!

Cristina  Terra
Jornalista ambiental

O  Artigo citado de  Leonardo Boff abaixo - "Coveiro de povos indígenas? 



Belo Monte: a volta triunfante da ditadura militar?
Seg, 01 de Março de 2010 17:38
"Não queremos que se realizem as palavras do bispo Dom Erwin Kräutler, defensor dos indígenas e contra Belo Monte: "Lula entrará na história como o grande depredador da Amazônia e o coveiro dos povos indígenas e ribeirinhos do Xingu'".  Leonardo Boff .

O governo Lula possui méritos inegáveis na questão social. Mas na questão ambiental é de uma inconsciência e de um atraso palmar. Ao analisar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) temos a impressão de sermos devolvidos ao século 19. É a mesma mentalidade que vê a natureza como mera reserva de recursos, base para alavancar projetos faraônicos, levados avante a ferro e fogo, dentro de um modelo de crescimento ultrapassado que favorece as grandes empresas à custa da depredação da natureza e da criação de muita pobreza. Este modelo está sendo questionado no mundo inteiro por desestabilizar o planeta Terra como um todo e mesmo assim é assumido pelo PAC sem qualquer escrúpulo.
A discussão com as populações afetadas e com a sociedade foi pífia. Impera a lógica autoritária; primeiro decide-se, depois se convoca a audiência pública. Pois é exatamente isso que está ocorrendo com o projeto da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, no estado do Pará.
Tudo está sendo levado aos trambolhões, atropelando processos, ocultando o importante parecer 114/09 de dezembro de 2009, emitido pelo Ibama (órgão que cuida das questões ambientais) contrário à construção da usina, a opinião da maioria dos ambientalistas nacionais e internacionais que dizem ser este projeto um grave equívoco com consequências ambientais imprevisíveis.
O Ministério Público Federal, que encaminhou processos de embargo, eventualmente levando a questão a foros internacionais, sofreu coação da Advocacia Geral da União (AGU), com o apoio público do presidente, de processar os procuradores e promotores destas ações por abuso de poder.
Esse projeto vem da ditadura militar dos anos 70. Sob pressão dos indígenas apoiados pelo cantor Sting em parceria com o cacique Raoni foi engavetado em 1989. Agora, com a licença prévia concedida no dia 1º de fevereiro, o projeto da ditadura pôde voltar triunfalmente, apresentado pelo governo como a maior obra do PAC.
Neste projeto tudo é megalômano: inundação de 51.600 hectares de floresta, com um espelho d’água de 516 km2, desvio do rio com a construção de dois canais de 500 metros de largura e 30 quilômetros de comprimento, deixando 100 quilômetros de leito seco, submergindo a parte mais bela do Xingu, a Volta Grande e um terço de Altamira, com um custo entre R$ 17 e 30 bilhões, desalojando cerca de 20 mil pessoas e atraindo para as obras cerca de 80 mil trabalhadores para produzir 11.233 MW de energia no tempo das cheias (quatro meses) e somente 4 mil MW no resto do ano, para, por fim, transportá-la até 5 mil quilômetros de distância.
Esse gigantismo, típico de mentes tecnocráticas, beira à insensatez, pois, dada a crise ambiental global, todos recomendam obras menores, valorizando matrizes energéticas alternativas, baseadas na água, no vento, no sol e na biomassa.
E tudo isso nós temos em abundância. Considerando as opiniões dos especialistas podemos dizer: a usina hidrelétrica de Belo Monte é tecnicamente desaconselhável, exageradamente cara, ecologicamente desastrosa, socialmente perversa, perturbadora da Floresta Amazônica e uma grave agressão ao sistema-Terra.
Este projeto se caracteriza pelo desrespeito: às dezenas de etnias indígenas que lá vivem há milhares de anos e que sequer foram ouvidas; desrespeito à Floresta Amazônica cuja vocação não é produzir energia elétrica mas bens e serviços naturais de grande valor econômico; desrespeito aos técnicos do Ibama e a outras autoridades científicas contrárias a esse empreendimento; desrespeito à consciência ecológica que, devido às ameaças que pesam sobre o sistema da vida, pedem extremo cuidado com as florestas; desrespeito ao bem-comum da Terra e da humanidade, a nova centralidade das políticas mundiais.
Se houvesse um Tribunal Mundial de Crimes contra a Terra, como está sendo projetado por um grupo altamente qualificado que estuda a reinvenção da ONU sob a coordenação de Miguel d’Escoto, ex-presidente da Assembleia (2008-2009), seguramente os promotores da hidrelétrica Belo Monte estariam na mira deste tribunal.
Ainda há tempo de frear a construção desta monstruosidade, porque há alternativas melhores. Não queremos que se realizem as palavras do bispo Dom Erwin Kräutler, defensor dos indígenas e contra Belo Monte: “Lula entrará na história como o grande depredador da Amazônia e o coveiro dos povos indígenas e ribeirinhos do Xingu”.
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Artigo originalmente publicado no Jornal do Brasil, edição de 1/3/2010.


(Avaliem o decantado Teólogo, representante e co-redator da Carta da Terra, sua ética, seu caráter e prazo de validade de sua Palavra)

3 comentários:

  1. Leonardo Boff , uma fraude, capitalista, oportunista ... anda para o lado que lhe interessa, ou seja, dança conforme a batuque que lhe convém.
    Foi ex- comungado e mereceu, não por suas posições de sacerdote, mas por seu caráter dúbio.
    O que Leonardo Boff diz, nunca escreva.
    Conheço bem a figura. Não vale uma vírgula sequer.
    Izabel Andrade-RJ

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  2. OLHOS DE CURUMIM

    Quando a natureza despertou
    Ele adormeceu em devaneios
    Bombardeado com os seus encantos

    Despertado ele passou a observá-la
    Em cada detalhe
    Em cada canto.

    Seus olhos: eram o sol
    A terra: sua pele trigueira
    Seus cabelos: as matas
    Os rios: o sangue que lhe corria
    Seus pulmões: o ar fresco
    Sua voz: o vento
    A chuva... Seu pranto!

    Ele percorreu a floresta
    Subitamente, no meio do caminho
    A encontrou deserta -
    A natureza começou a chorar...

    Suas lágrimas caíram do céu
    Entristecendo o curumim.
    Ele apontou sua flecha
    E atirou ao infinito...

    ...Tupã a recolheu
    Encontrando uma mensagem:
    “Pai, perdoai-os porque eles não sabem o que fazem.”

    Dê: Agamenon Troyan
    (machadocultural@gmail.com )
    Parte integrante do livro (O ANJO E A TEMPESTADE)

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  3. Obrigada por visitarem nosso Real Time , e parabéns pelos comentários.
    Conheço O ANJO E A TEMPESTADE, muito belo. Oportuna lembrança, pena que : ELES SABEM, O QUE FAZEM!
    Abs fraternos, anadeabrãomerij

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