Executiva do PT começa a discutir sucessão de Dutra e volta de Delúbio Soares
BRASÍLIA - Em reunião da Executiva nacional que começou na manhã desta quinta-feira, a cúpula do PT começou a discutir o delicado processo de sucessão do presidente José Eduardo Dutra e a refiliação do ex-secretário de Finanças, Delúbio Soares, expulso no auge do escândalo do mensalão. Em reunião no final da tarde de quarta-feira no Palácio da Alvorada, Dutra comunicou à presidente Dilma Rousseff que estava deixando o comando do PT.
Na semana passada, Dilma se reuniu com o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) para saber detalhes do quadro de saúde de Dutra. Disse que queria visitá-lo no Rio esta semana, mas o presidente petista chegou mais cedo a Brasília, e o encontro acabou antecipado.
Dilma defendia a permanência do amigo no cargo, com uma licença médica mais prolongada, mas ele alegou que não queria que a agenda do partido ficasse em suspenso em função de seu tratamento médico, que pode se estender para mais de 180 dias. No encontro com Humberto Costa, Dilma mandou dizer a Dutra que ficasse tranquilo porque não estava sozinho e que ela precisava dele onde estivesse.
À tarde, os integrantes da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil se reúne para discutir os dois assuntos, principalmente a oportunidade de já incluir na pauta a refiliação de Delúbio, junto com a sucessão de Dutra. Delúbio foi convidado e deve participar desta parte da reunião , que acontecerá na sede nacional do PT em Brasília.
Enquanto o Planalto, Dutra e setores da CNB trabalham para que Humberto Costa ocupe a vaga de Dutra, o grupo do ex-ministro José Dirceu defende um mandato tampão para o vice-presidente Rui Falcão, que está exercendo a presidência do partido interinamente na ausência de Dutra. Mesmo com a renúncia prevista para amanhã, Dirceu defende mais tempo para a escolha de seu sucessor.
- Não se esqueça que tem o Congresso Extraordinário do PT em setembro. O Rui pode continuar na presidência até lá - disse Dirceu.
Rui Falcão ficou desgastado com Dilma desde a campanha, quando se envolveu no escândalo dos arapongas que vazaram informações sobre o sigilo fiscal de José Serra. Na época houve denúncias de que, por causa de disputas internas de poder na campanha, Falcão estaria por trás do vazamento que acabou isolando o hoje ministro da Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, amigo pessoal de Dilma.
Maria Lima
Delúbio é Bandido, seu lugar na cadeia.
ResponderExcluirRosa Vaz- JF
Que vergonha, este País!
ResponderExcluirL.F.G-RJ