Hamas sugere que Israel pode ter orquestrado assassinato de italiano para intimidar outros ativistas
O movimento islâmico Hamas acusou indiretamente o governo de Israel de orquestrar o "assassinato do italiano Vittorio Arrigoni" com o suposto objetivo de intimidar outros ativistas estrangeiros que pretendam romper o bloqueio marítimo imposto pelo país ao território palestino. Após ser sequestrado, Arrigoni, que estava na flotilha atacada por tropas israelenses ao rumar para Gaza no ano passado, foi enforcado por um grupo extremista na Faixa de Gaza. ( Leia também: 'Não há solução para Israel e palestinos, mas pode haver acordo', diz especialista )
- Um crime horrível como esse não pode acontecer sem um acordo entre as partes interessadas em manter o bloqueio imposto a Gaza - afirmou Mahmoud Zahar, líder do Hamas, segundo o jornal israelense "Haaretz".
Zahar acrescentou que ativistas como Arrigoni são "amigos" e afirmou que os responsáveis por seu assassinato serão punidos. Segundo o Hamas, ele foi achado em um apartamento horas depois de ser sequestrado por um grupo ligado à al-Qaeda, que se denomina Monoteísmo e Guerra Santa. Foi o primeiro sequestro de um estrangeiro em Gaza desde que o território passou a ser governado pelo Hamas, há quatro anos.
Em Roma, o Ministério das Relações Exteriores da Itália classificou o caso como "um assassinato bárbaro e um gesto vil e irracional de violência de extremistas indiferentes ao valor da vida humana". Um vídeo mostrando o ativista vendado foi postado no YouTube antes que ele fosse achado morto.
O grupo pedia que o Hamas libertasse seus integrantes que estão presos e disse que mataria o italiano caso a demanda não fosse atendida. Apesar do vídeo, a organização divulgou comunicado nesta sexta-feira negando que seja responsável pela morte de Arrigoni.
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