Japão detecta plutônio no chão em áreas de usina nuclear
Número oficial de mortes provocadas por terremoto e tsunami ultrapassa 11 mil
[agências internacionais]
Garry L.Welch/Forças Armadas EUA/27.03.2011/AFP
Terremoto e tsunami destruíram cidades na ilha de Oshima, no Japão
Vestígios do metal radioativo plutônio foram detectados nesta segunda-feira (28) no chão em cinco áreas da central nuclear de Fukushima, segundo a agência de notícias japonesa Kyodo, que cita um relatório da empresa Tokyo Electric Power Co (Tepco), de acordo com a agência de notícias France Presse.
A Tepco informou que o nível de concentração da substância ainda não representa um risco para a saúde humana, embora tenha se comprometido a reforçar a vigilância sobre o meio ambiente em torno da usina nuclear, informa a Kyodo News.
A empresa acredita que o plutônio tenha vindo de um vazamento de combustível do reator 3, o único em Fukushima que contém uma mistura de urânio e plutônio, conhecido como combustível de óxido misto (MOX, na sigla em inglês).
O plutônio é o metal tóxico mais difícil de manusear e mais perigoso em caso de um vazamento nuclear. Desde que a usina japonesa foi atingida pelo tsunami ocasionado pelo terremoto do dia 11 de março, o reator 3 foi visto como o mais problemático de todos por conta do uso de plutônio.
Nesta segunda-feira, foi encontrada água com alto índice radioativo nos túneis que passam sob os edifícios dos reatores 1, 2 e 3. Também houve o primeiro anúncio sobre vazamento de água nas instalações.
O número de mortos pelo terremoto e tsunami do último dia 11 no Japão também aumentou. Oficialmente, agora são 11.004 mortos, enquanto outras 17.339 pessoas seguem desaparecidas, segundo o mais recente balanço divulgado pela polícia japonesa, informou a agência de notícias espanhola EFE.
Além disso, mais de 200 mil pessoas continuam refugiadas em 1.900 abrigos por conta do desastre, que criou a pior crise do Japão após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Há pelo menos 18 mil casas destruídas e mais de 130 mil edifícios danificados, sobretudo nas regiões litorâneas do nordeste japonês, onde a neve e as baixas temperaturas complicam a situação do desabrigados.
Segundo as últimas estatísticas, em Miyagi houve 6.692 mortes, em Iwate 3.264 e em Fukushima 990, enquanto os desaparecidos são contados aos milhares nessas três Províncias, as mais devastadas pelo terremoto e posterior tsunami.
Há temores de que o número de vítimas possa aumentar, pois a tragédia parece ter acabado com a vida de famílias inteiras e é possível que muitas mortes e desaparecimentos não tenham sido informados à polícia, segundo a rede de televisão NHK.
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