Barack Bush bem que avisou!
Pô… Arnaldo Jabor deve estar chateado pra chuchu. Barack Obama anda, como apontei há dias, mais George W. Bush do que nunca, hein!? Aliás, a gente vai ver daqui a pouco, ele, de certo modo, cumpre uma promessa de campanha… Ontem, o homem esteve no Marco Zero para agradecer a dedicação aos policiais e bombeiros que participaram das operações de salvamento no 11 de Setembro. Hoje, foi a uma base militar no Kentucky dizer “obrigado em nome da America” e exaltar “o melhor Exército do mundo”. E foi explícito: “Ontem, fui a Nova York (…) e hoje aqui, em Fort Campbell; tive o privilégio de conhecer aquelas pessoas que realizaram nossa promessa. Disse a eles ‘missão cumprida, missão cumprida’”. A missão, entende-se, era matar Osama Bin Laden, embora isso não seja admitido.
Segundo o Gallup, a popularidade de Obama, que era de 46%, saltou para 52%. Se vai se manter ou não, é o que veremos. O segundo grande evento associado à morte de Bin Laden foi a divulgação de que a Al Qaeda tinha um plano para atacar trens no aniversário do 11 de setembro. Parece que ainda era um rascunho. Mas as evidências foram colhidas pelos “seals” na invasão ao cafofo do Osama… Bush também sabia usar as ameaças terroristas para justificar suas ações.
Pois é…
Tio Rei se esforça para não deixar seus leitores na mão! Nunca! No dia 9 de janeiro de 2008 — ATENÇÃO, EU ESCREVI “2008″ —, publiquei um texto intitulado “Eleição nos EUA 2 - Quem é Obama? Um faroleiro ou um republicano guerreiro?”. Lá se podia ler isto, por exemplo (se tiverem tempo, releiam o post inteiro, aqui):
“Em agosto, Barack Obama fez uma conferência no Woodrow Wilson International Center for Schollars em Washington. Vale a pena ler. Seria interessante se Obama vencesse as eleições. Essa miríade de pacifistas, contestadores e “jovens” que se juntam à sua candidatura talvez se surpreendesse, não é? Claro, claro, ele deita falação contra George W. Bush. Como tem o currículo “limpo” (não era senador quando o Senado, em peso, autorizou o uso da força no Iraque), ele o critica com veemência e diz que a guerra foi um erro. Tá. Vá lá: um candidato democrata tem de falar mal da guerra.”
“Em agosto, Barack Obama fez uma conferência no Woodrow Wilson International Center for Schollars em Washington. Vale a pena ler. Seria interessante se Obama vencesse as eleições. Essa miríade de pacifistas, contestadores e “jovens” que se juntam à sua candidatura talvez se surpreendesse, não é? Claro, claro, ele deita falação contra George W. Bush. Como tem o currículo “limpo” (não era senador quando o Senado, em peso, autorizou o uso da força no Iraque), ele o critica com veemência e diz que a guerra foi um erro. Tá. Vá lá: um candidato democrata tem de falar mal da guerra.”
Naquele discurso, dizia o então candidato: “Não há de haver um só refúgio seguro para terroristas que ameaçam a América. Não podemos deixar de agir porque a tarefa é difícil”. Prometeu milhões de dólares de ajuda às Forças Armadas do Paquistão, mas alertou que o país tinha de obter substancial progresso para eliminar os campos de treinamento dos terroristas e para impedir que o Taliban usasse seu território para atacar americanos no Afeganistão.
E ameaçou:
“Eu entendo que o Presidente Musharraf [era o então presidente do Paquistão] tem seus próprios desafios. Mas deixem-me deixar isto bem claro: há terroristas escondidos naquelas montanhas, que mataram três mil americanos. (…) Se tivermos informações seguras de que os terroristas estão no alvo e se o presidente Musharraf não agir, nós agiremos”.
“Eu entendo que o Presidente Musharraf [era o então presidente do Paquistão] tem seus próprios desafios. Mas deixem-me deixar isto bem claro: há terroristas escondidos naquelas montanhas, que mataram três mil americanos. (…) Se tivermos informações seguras de que os terroristas estão no alvo e se o presidente Musharraf não agir, nós agiremos”.
Como se nota, nesse particular, o “republicano” Obama cumpriu a promessa, certo?
Continuou:
“O segundo passo da minha estratégia é aumentar a nossa capacidade e a de nossos parceiros para encontrar, capturar ou matar os terroristas em todo o mundo; com o objetivo de impedir que tenham acesso às armas mais perigosas do mundo, não hesitaremos em usar a força militar para destruir os terroristas que representam uma ameaça direta à América”.
“O segundo passo da minha estratégia é aumentar a nossa capacidade e a de nossos parceiros para encontrar, capturar ou matar os terroristas em todo o mundo; com o objetivo de impedir que tenham acesso às armas mais perigosas do mundo, não hesitaremos em usar a força militar para destruir os terroristas que representam uma ameaça direta à América”.
Estava tudo lá. Para realizar seus objetivos, o governo Obama usou as informações conseguidas segundo os métodos de Guantánamo, manteve a prisão aberta, violou o espaço área de um outro país, agiu sem seu consentimento e passou fogo em Osama.
Fosse Bush, o Jabor estaria gritando: “Joga pedra na Geni!” Como é Obama, ele faz um poema em homenagem à civilização… O que eu acho? Eu acho que nossos valores não podem nos levar a aceitar que eles façam conosco, em nome dos deles, o que não faríamos com eles. Ou por outra: “Passem fogo no terrorista filho da mãe!” Pensava assim antes e agora.
Nesse particular, Barack Bush está certo!
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