Organizações de diversidade sexual se mobilizam para o Dia 17 de Maio
A Campanha Curas que Matam, levada a cabo por organizações da América Latina e do Caribe, tem por objetivo rechaçar o posicionamento de entidades conservadoras que propõem "terapias reparativas” da homossexualidade, com o apoio de correntes religiosas e até do Estado.
"Estes ‘tratamentos' não só são ineficazes, como reforçam os sentimentos de culpa e baixa autoestima, aumentam o sofrimento psicológico e, em alguns casos extremos, levam as pessoas ao suicídio”, declaram. Os ativistas acrescentam que esta visão difunde a homofobia e acaba por incitar à discriminação, gerando violência e assassinatos.
A campanha exige que os governos da região respeitem a laicidade do estado e combatam a difusão dessas "terapias” equivocadas. Também solicitam que funcionários do sistema público de saúde que promovem os "tratamentos” sejam afastados. Aos religiosos, os ativistas pedem a condenação da visão de "terapias reparativas” e que promovam "o respeito à diversidade sexual e de identidade de gênero”.
Denunciar a ausência de uma lei contra a discriminação sexual e solicitar o cumprimento de promessas eleitorais, como o reconhecimento da união homoafetiva. Estes são os objetivos da Marcha contra a Homofobia, Lesbofobia, Bifobia e Transfobia, organizada pelo Movimento pela Diversidade Sexual (MUMS), no Chile.
A manifestação ocorrerá no dia 17 de maio, indo do Passeio Ahumada, no centro de Santiago, até a Praça de Armas, quando os militantes entregarão ao presidente da República, Sebastián Piñera, uma carta cobrando compromissos de campanha e demandas da população TLGB. "Mais do que uma data de celebração, é um dia de denúncia e reivindicação, pois em nossa região, a diversidade sexual não é reconhecida nem respeitada”, sublinham.
Na Bolívia, a Fundação Igualdade LGBT, de Santa Cruz de la Sierra, promoverá o IV Festival Internacional de Cinema da Diversidade Afetivo Sexual, entre os dias 11 e 18 de maio. Aderindo à campanha Curas que Matam, o tema do festival será religião+culpa. As sessões ocorrerão na Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid) e o Centro Cultural Franco Alemão (CCFA).
Os peruanos poderão participar de um seminário sobre saúde mental, orientação sexual e direitos humanos, com mesas redondas sobre a temática. O evento acontece durante o dia 17 de maio, em Lima, na Universidade Peruana Cayetano Heredia, auditório Hugo Lumbreras. A organização é do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos (Promsex), com o apoio da Rede Peruana TLGB.
Em El Salvador, a Igreja Comunitária Metropolitana Misericórdia começa as mobilizações no dia 15, apresentando o Guia para mães e pais com filhos gays ou filhas lésbicas, com uma lista de igrejas que aceitam a orientação homoafetiva. No dia 17 de maio, às nove horas, haverá distribuição do Decreto Presidencial 56 sobre a Não Discriminação por Orientação Sexual em repartições do Estado. Às 14 horas, os religiosos organizam um ato público, na Praça Morazán, em San Salvador.
Jornalista da ADITAL
Adital
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