8 de abr. de 2011

"Vi meu filho com um tiro na cabeça", disse pai de vítima em atentado em Realengo

 

 

Athos Moura

RIO - Rafael Pereira da Silva, de 14 anos, era aluno do 7º ano da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. Um menino de hábitos caseiros, que queria trabalhar com informática, foi morto com um tiro na cabeça dentro do colégio.
No início da manhã desta sexta-feira, seu pai adotivo esteve no Instituto Médico-Legal para liberar o corpo do adolescente. Sem conseguir chorar, ainda tentando entender o que aconteceu, o instalador de som Carlos Maurício Pinto, de 38 anos, contou o que ficou sabendo da tragédia através de sua filha mais nova, de 11 anos, que também é aluna do colégio e fará aniversário neste sábado.
- Minha filha estava com dores na garganta, então permiti que ela levasse o telefone celular para escola, para caso se sentisse mal me ligasse, porque trabalho próximo do colégio. Ela me ligou e disse que estava tendo um tiroteio dentro da escola e que era pra eu não ir para lá e disse que não tinha informações do Rafael - disse.
Carlos foi até o local e entrou na escola. Foi quando viu seu filho desfalecido:
- Eu entrei na escola e vi meu filho com um tiro na cabeça desmaiado em cima de uma maca sendo levado. Eu fui atrás da minha filha e a encontrei no terceiro andar. Eu a levei para casa e fui para o hospital saber do meu filho.
Rafael foi adotado com poucos dias de vida pela sogra de Carlos. Quando o menino tinha cinco anos, sua mãe adotiva faleceu e pediu para que o genro cuidasse do garoto para ela.
- Ela me pediu para eu cuidar dele até que ele pudesse andar com as próprias pernas, mas não consegui cumprir a minha promessa - lamentou Carlos.

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