25 de abr. de 2011

"Vai, Berzoniev, conta tudo"

 

 

Nova classe social que está no poder: a burguesia do capital alheio. 

A VEJA desta semana traz uma reportagem importante. Ricardo Berzoini, capa-preta do PT, está bravo. E andou ameaçando roer a corda. É um petista de quatro costados. Eu costumo sovietizar seu nome para valorizar a sua condição de megabuocrata do partido: chamo-o “Ricardo Berzoniev”. Mas as coisas andam tensas por lá. Leiam trecho da reportagem de Daniel Pereira. Volto em seguida
O bancário Ricardo Berzoini foi presidente de PT entre 2005 e 20IO, período em que Lula resistiu ao escândalo do  mensalão e conquistou a reeleição. Também foi ministro duas vezes, da Previdência e de Trabalho. Desde fevereiro, cumpre o quarto mandato consecutivo como deputado federal. É uma das mais reluzentes estrelas petistas. Uma estrela que sempre teve nas mãos o poder de indicar aliados e vetar desafetos para cargos de direção no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal e na Previ, o bilionário fundo de pensão dos funcionários do BB. Donatário de bancos oficiais e fundações, o deputado também conquistou respeito pela lealdade que sempre demonstrou nos momentos difíceis e pela presteza e discrição com que se desincumbiu de missões espinhosas no interesse do partido. Berzoini é um daqueles quadros partidários de atuação modesta sob os holofotes, mas   eficientíssima longe deles. Ele sabe seu valor e se considera um dos principais responsáveis pela ascensão do PT ao poder. Por isso tudo está ficando cada vez mais difícil esconder o fato de que o deputado Berzoini anda inconformado com a diminuição de suas prerrogativas no atual governo. Ele já falou até em se rebelar.

Comento
Lembro que Berzoniev era presidente do PT quando estourou o caso dos aloprados, em 2006 — a operação passou por ele, como ficou claro. Também é o verdadeiro chefe de João Vaccari, o tesoureiro do PT enrolado com o caso Bancoop.
Vai, Berzoniev, conta tudo!
Por Reinaldo Azevedo

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