12 de abr. de 2011

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Eleição na Finlândia pode dificultar planos de resgate da zona do euro

 

Partido dos Verdadeiros Finlandeses, que tem cada vez mais apoio popular, se opõe a qualquer ajuda a outros membros da zona do euro


Danielle Chaves, da Agência Estado
HELSINQUE - As tentativas da zona do euro de garantir aos investidores do mercado de bônus que tem capacidade de solucionar os problemas de dívida da região podem ser atrapalhadas no domingo, quando serão realizadas as eleições para o novo governo da Finlândia.
De acordo com recentes pesquisas de opinião, o apoio dos eleitores ao Partido dos Verdadeiros Finlandeses (True Finns Party) cresceu nos últimos meses, em parte como resposta à insatisfação da população com o fato de os contribuintes terem sido chamados a ajudar a socorrer a Grécia e a Irlanda no ano passado e agora Portugal, ao mesmo tempo que os benefícios de bem estar social são reduzidos dentro do país.
Os Verdadeiros Finlandeses se opõem a qualquer ajuda a outros membros da zona do euro e podem fazer parte de um governo de coalizão, provavelmente junto com o Partido da Coalizão Nacional e o Partido de Centro, ambos integrantes do atual governo. De acordo com uma pesquisa de opinião realizada pela TNS Gallup a pedido do jornal Helsingin Sanomat entre 5 e 10 de abril, 16,9% dos eleitores pretendem votar no Partido dos Verdadeiros Finlandeses, em comparação com 4,1% dos votos que o partido recebeu na eleição de 2007.
O partido quer mais restrições à imigração e argumentam que os benefícios de bem estar social devem ser mantidos. O partido também pretende vetar qualquer aumento na contribuição da Finlândia tanto para a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) como para o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), que vai substituir a EFSF em 2013.
Até agora, a Finlândia se comprometeu a garantir quase 8 bilhões de euros à EFSF e mais garantias e investimentos no valor de 12,58 bilhões de euros para o ESM. O país também forneceu um empréstimo de 1,48 bilhão de euros para a Grécia, 160 milhões de euros para a Islândia e prometeu 324 milhões para a Lituânia. As informações são da Dow Jones.

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